884 - WHITESIDE

Com a entrada para os “schoolboys” da Irlanda do Norte, a quantidade de golos que ia marcando começaram a chamar a atenção de vários “olheiros”. Ipswich Town, Liverpool e Manchester United seriam os emblemas que tomariam a dianteira na luta pela sua aquisição. Nessa corrida, o facto de os pais serem adeptos do emblema de Lancashire pode ter tido alguma influência na hora de escolher o destino do filho. A verdade é que, ainda adolescente, Norman Whiteside atravessaria o Mar da Irlanda para assinar contrato com os “Red Devils”.
Mesmo sendo muito jovem a entrega que demonstrava em cada treino e, principalmente, os golos que continuava a concretizar, levariam a que, com apenas 16 anos, fizesse a sua estreia na equipa principal. Chamado a jogo pelo treinador Ron Atkinson, o atacante, a 24 de Abril de 1982, tornar-se-ia no atleta mais novo de sempre a entrar em campo com a camisola sénior do Manchester United. Aliás, a carreira de Whiteside ficaria marcada pela prematuridade. Nesse sentido, seriam muitas as marcas que o jogador iria bater. Para além do já referido, também pelo conjunto “mancunian” o atacante conseguiria outros recordes. À custa dos remates certeiros, o irlandês conseguiria ser o mais novo a marcar numa partida sénior dos “Red Devils”, o mais novo a marcar numa final da Taça de Inglaterra e a marcar numa final da Taça da Liga.
Não foi só pelo clube que Whiteside fez história. Também pela equipa nacional conseguiria inscrever o seu nome como um dos mais distintos atletas. Para isso bastou que, mais uma vez, fosse precoce. Ora, com tamanha qualidade, não demorou muito para que da selecção principal chegasse a primeira convocatória. Talvez o que ninguém estava à espera, é que tal chamada acontecesse na hora de anunciar o rol de jogadores a levar ao Mundial de 1982. Já em Espanha, naquela que seria a jornada de estreia da Irlanda do Norte no torneio, a sua participação no jogo com a Jugoslávia faria dele o mais novo de sempre a disputar uma partida numa fase final de um Campeonato do Mundo.
Mas apesar de todo o sucesso que, logo nas primeiras temporadas, conseguiria alcançar, a verdade é que a sua carreira também teria um final bastante precoce. O declínio do seu percurso começaria bem cedo, muito antes de alguém conseguir prever tal fim. Desde sempre acossado por lesões, os joelhos do jogador ficariam bastante afectados. A somar a esse infortúnio, também os seus excessos fora do futebol começariam a influenciar o seu desempenho. Essa segunda situação ficaria mais patente aquando da chegada de Alex Ferguson. O treinador escocês, intolerante com a atitude do atleta, acabaria por ser o principal factor para que o avançado abandonasse o clube. Ainda assim, seria o próprio atleta que diria que a sua saída do Manchester United teria pouco a ver com a sua conduta, mas sim com o desejo do técnico em renovar o plantel.
Transferido para o Everton em 1989/90, os problemas físicos nunca deixariam que o atleta voltasse aos níveis exibicionais de outrora. Duas temporadas após a chegada ao emblema de Liverpool e o avançado decide aposentar-se do futebol. Com o fim da carreira aos 26 anos, o interesse que tinha ganho pela medicina ligada ao desporto tornar-se-ia mais evidente. Para dar corpo a essa nova paixão, Whiteside decide entregar-se aos livros e formar-se em Podiatria. Hoje em dia, é um profissional da área e, na zona de Trafford abriu uma clínica da especialidade.

883 - MATTHÄUS

Numa altura em que o Borussia Mönchengladbach começava a perder o poderio demonstrado durante a década de 70, Lothar Matthäus faz a estreia na equipa principal do clube. Sendo ainda muito novo, poucos estariam à espera que conseguisse ter o impacto que viria a ter. Demonstrando exactamente o contrário, o jovem atleta rapidamente conseguiria agarrar um lugar no “onze”. Mesmo com o emblema alemão em queda, o impacto que conseguiria ter no plantel seria surpreendente. Como titular, logo na temporada de 1979/80 ajudaria o conjunto a chegar à final da Taça UEFA. Nessa derradeira etapa, ainda disputada a duas mãos, o médio marca um golo. No entanto, o tento seria insuficiente para derrotar o Eintracht Frankfurt, que levaria o troféu para casa.
Ainda que sem a tão almejada vitória, a verdade é que a referida campanha europeia seria uma das boas razões para que o seleccionador alemão decidisse convocá-lo para o Euro 80. Sem ainda contar com qualquer internacionalização “A”. Jupp Derwall fá-lo-ia entrar em campo aos 73 minutos de jogo, na partida frente à Holanda. Tempo mais que suficiente para que, logo no primeiro ano como profissional, conseguisse inscrever o seu nome no rol de vencedores do Europeu de selecções.
Daí em diante, e até à contratação pelo Bayern de Munique, a sua carreira entraria numa fase mais monótona… só em termos de troféus! Já no que diz respeito às suas exibições, essas demonstravam um jogador que, apesar da tenra idade, patenteava em campo uma maturidade espantosa. Tacticamente irrepreensível, Matthäus conseguia desempenhar com o mesmo rigor, tarefas defensivas ou ofensivas. Ora, essa capacidade, mantê-lo-ia como um dos habituais nas convocatórias da “Mannschaft”. Com as cores do seu país, e durante os anos passados com o Borussia Mönchengladbach, o médio ainda seria chamado ao Espanha 82 e ao Euro 84.
A transferência para o Bayern de Munique empurrá-lo-ia para a rota dos troféus. Logo em 1984/85 consegue conquistar o título de campeão. Nas campanhas a seguir a essa primeira vitória, a Bundesliga também não escaparia ao emblema bávaro e, a somar aos 3 triunfos consecutivos, viria 1 Taça da Alemanha (1985/86) e 1 Supertaça (1987/88). Já no plano das competições organizadas pela UEFA, a força demonstrada pela equipa alemã parecia querer apontar para mais sucessos. O ano em que isso estaria mais perto de acontecer, seria em 1987. No entanto, o FC Porto acabaria por estragar a festa a Matthäus e aos seus companheiros. Na final da Taça dos Campeões Europeus jogada em Viena, o “placard” ainda estaria a favor dos germânicos. O pior é que, já bem perto do final do encontro, dois golos dos “Azuis e Brancos” virariam tudo do avesso. Curiosamente, durante a segunda passagem do jogador pelo clube, algo semelhante aconteceria. Na derradeira partida da “Champions” de 1998/99, disputada frente ao Manchester United, dois tentos já nos descontos impediriam o médio, mais uma vez, de erguer o tão almejado “caneco”.
Mas se queremos falar de Matthäus a levantar troféus, então teremos que voltar à sua história com a equipa nacional alemã. Tendo disputado com a camisola do seu país 9 grandes torneios, o momento mais importante aconteceria no Mundial de 1990. Ostentando a braçadeira de capitão, e depois de em 1982 e em 1986 não ter conseguido ajudar os seus companheiros a conquistar mais do que a medalha de prata, em Itália as coisas correriam de forma um pouco diferente. Tendo na final, tal como campeonato anterior, apanhado a Argentina, dessa feita o desfecho seria outro. Com um golo de Andreas Brehme, a Alemanha (à altura RFA) venceria o certame e o médio lá teria a oportunidade de erguer a taça – “É uma grande honra vencer o Campeonato do Mundo, não só para a equipa, como também para o capitão que é o primeiro a quem é dado o troféu que todos querem ganhar. É uma sensação única. Eu estava com medo de fazer alguma coisa errada, de deixar cair o troféu”*.
Claro está que, durante a sua longa carreira, Matthäus teve a ensejo de vencer mais competições. Todavia, e mesmo tendo em conta o “Scudetto” conseguido pelo Inter de Milão ou as 4 Bundesligas e 1 Taça UEFA vencidas no regresso a Munique, seria a Alemanha que daria ao jogador as melhores marcas da sua carreira. Nesse sentido, não podemos esquecer que as suas 150 internacionalizações fazem dele o futebolista com mais partidas feitas pelo seu país. Já as 5 participações em Mundiais, igualando o mexicano Carbajal, também são um recorde. Ainda assim, o médio não ficaria por aqui e com 25 presenças em campo, o atleta transformar-se-ia no jogador com mais partidas disputadas em fases finais do Campeonato do Mundo.

*retirado da entrevista dada ao site www.fifa.com, a 03/05/2007

882 - ROGER MILLA

E que tal para um futebolista atingir o auge já com os 40 anos à vista? E se esse pico vier depois de tomada a decisão de abandonar o desporto profissional? Dirão vocês que a probabilidade é quase nenhuma! Não, não é! Estamos apenas a falar de Roger Milla!
Foi no início dos anos 50 que o avançado camaronês nasceu. Longe, muito longe, estariam os adeptos do futebol de pensar que, em Yaoundé, acabava de vir ao Mundo uma das futuras estrelas da modalidade. Para ser correcto, mesmo alguns anos depois, aquando do início da sua carreira profissional, não sei se alguém teve tal atrevimento, tal pressentimento.
Avancemos 18 anos no tempo e, em 1970, é no Léopards Douala que Roger Milla faz a sua estreia no patamar sénior. Nessa caminhada, não foi necessário muito tempo para que, no seu currículo, começassem a aparecer alguns títulos. As vitórias nos Campeonatos de 1971/72 e 1972/73, mais valor ganhariam pelo facto do seu nome começar a figurar na lista dos melhores do continente africano. Para entender esse estatuto basta olhar aos números da sua carreira, durante esses anos iniciais. Tanto naquele que foi o seu primeiro emblema, tal como na colectividade para onde, 4 temporadas volvidas, se mudaria, o atacante jamais acabaria uma temporada sem ultrapassar a barreira dos 20 golos.
Tal como no Léopards, também na mudança para o Tonnerre Yaoundé, o goleador daria grande contributo para o sucesso do clube. Para além dos remates certeiros, a vitória na edição de 1975 da Taça dos Vencedores das Taças Africanas seria o momento mais alto dos 3 anos passados no emblema da capital. Ora tal êxito, só poderia resultar na sua mudança para um contexto competitivo bem mais interessante. Na França, onde passaria a competir a partir de 1997, vive os melhores anos do seu percurso clubístico. Valenciennes, Monaco, Bastia, Saint-Ettiénne e Montpellier seriam as cores envergadas. No entanto, sendo essa uma constante na sua carreira, o brilho maior consegui-lo-ia com a camisola do seu país.
Com os “Lions Indomptables”, Roger Milla começaria por ganhar a CAN em 1984 e 1988. Todavia, e mesmo com os títulos de Jogador Africano do Ano de 1976 e Melhor Marcador da já referida Taça de África das Nações em 1986 e 1988, não era com grande frequência que o atacante andava pelos escaparates do futebol internacional. Por essa razão, a sua inclusão na lista de convocados para disputar o Mundial de 1990 não causaria reboliço algum. Bem, talvez não seja assim tão verdade! É que, em bom abono do rigor, o atleta nem sequer fazia parte dos planos do seleccionador Valeri Nepomniatchi. A justificação? Fácil! Por altura do Campeonato do Mundo disputado em Itália, já o avançado tinha decidido abandonar o futebol profissional.
Quem interromperia as suas “férias” na Ilha de Reunião, onde representava o Saint-Pierroise, seria o Presidente dos Camarões, Paul Biya. Não agradado com o olvido do seleccionador, seria o próprio estadista que forçaria a sua inclusão na comitiva nacional. Polémicas à parte, a verdade é que tal imposição daria azo a um verdadeiro milagre. Roger Milla, muito mais do que um mero amuleto, seria a principal figura dos africanos no torneio. Os golos, a celebração dançante na bandeirola de canto e o recorde batido que, aos 38 anos, fazia dele o atleta mais velho a marcar numa fase final, torná-lo-iam numa das grandes estrelas do certame.
Não pensem, contudo, que a sua história acaba aqui! Talvez embalado pelas exibições em Itália, Roger Milla apresenta-se no próximo Mundial. Dessa feita nos Estados Unidos da América, a sua presença voltaria a entrar nos anais da competição. Com uns singelos 42 anos de idade, o avançado voltaria a acertar com a bola no interior das redes e, com esse golo, quebraria a sua própria marca, registada 4 anos antes.

881 - CARBAJAL

Escrever sobre Antonio Carbajal é, sem sombra de dúvida, falar das suas presenças no Campeonato do Mundo. Pode parecer redutor fazer-se essa abordagem e, em certa medida, arrisca-se até a transformar um texto num perfeito disparate. É certo que a sua carreira foi muito mais do que isso. Todavia, a marca que conseguiria alcançar nos Mundiais, não é mais do que o reflexo do seu percurso no futebol e da qualidade que emprestou tanto à modalidade, como à história de um dos maiores torneios desportivos a nível global.
Curiosamente, mesmo antes de começar, a carreira do mexicano esteve em risco. Quando ainda era um miúdo e do seu currículo apenas faziam parte as peladinhas de bairro, um terrível acidente abater-se-ia sobre a sua família. Enquanto jogava à bola, um irmão seu acabaria por ser atropelado mortalmente. Perante tamanho infortúnio, o pai proibi-lo-ia de juntar-se aos amigos na rua. Ainda assim, a paixão do jovem praticante era maior que a vontade de mantê-lo na segurança do lar. Carbajal decidiria então trocar uma posição de campo por um lugar à baliza. Desse modo podia controlar melhor a chegada do pai e dar uma corrida até casa, antes que o mesmo o descobrisse.
Após essas primeiras aventuras, é em 1948 que o guardião faz a estreia como sénior no Real Clube España. Nesse mesmo ano, e reconhecendo nele um grande futuro, da selecção mexicana chega a convocatória para estar presente nos Jogos Olímpicos de Londres. Nunca chegaria a entrar em campo, mas a semente estava lançada e as suas qualidades mantê-lo-iam perto da estreia pela equipa nacional do seu país. Essa primeira partida aconteceria cerca de dois anos depois, no jogo inaugural tanto do Mundial de 1950, como do Estádio do Maracanã.
Tendo começado no certame organizado no Brasil, as suas participações nas edições de 1954, 1958, 1962 e 1966 transformar-se-iam num recorde. Entretanto igualada pelo alemão Lothar Matthäus e pelo italiano Gianluigi Buffon, a meta de 5 presenças em Campeonatos do Mundo gravariam para sempre o seu nome nas crónicas do futebol. É certo que de menor expressão, mas também outras marcas ficariam esculpidas no percurso profissional do guarda-redes. Acompanhando o crescimento do seu país como potência do futebol, seria consigo entre os postes que o México, no torneio disputado no Chile, venceria a primeira partida numa fase final.
Voltando um pouco atrás, temos que rever também o seu trajecto em termos clubísticos. Mesmo sem ser um guarda-redes dos mais vistosos, a maneira como saía dos postes ou a agilidade que apresentava entre os mesmos faziam dele um dos melhores na sua posição. Aliás, era a maneira segura como gostava de actuar que o trazia bem cotado.Nesse sentido, e com a extinção do Real Clube España, logo do Club León receberia um convite. Com o novo emblema apareceriam os primeiros títulos. Ao serviço dos “Las Panzas Verdes”, clube que representaria entre 1950 e 1966, venceria os Campeonatos de 1952 e 1956 e ainda a Copa do México de 1958.
Após pendurar as luvas, a ligação de Carbajal à modalidade manter-se-ia. Treinaria o Club Léon, o Unión de Curtidores, o Atletas Campesinos, passaria também pelas funções de adjunto na selecção mexicana e, numa passagem que duraria cerca de uma década, estaria aos comandos do Morelia. Nisto de futebol, a paixão do antigo guarda-redes sempre pareceu não ter limites. Mesmo depois de ter decidido afastar definitivamente do contexto profissional, o ex-internacional decidiu continuar ligado à sua escola.

880 - CAFU

Tendo sido recusado por alguns dos maiores emblemas no panorama desportivo brasileiro, entre os quais Corinthians, Palmeiras e Santos, seria no São Paulo que o jovem Cafu encontraria abrigo para dar seguimento à formação como futebolista. Já em 1989, mantendo as cores da camisola, o defesa faria a transição para o patamar sénior. Mesmo sem conseguir conquistar uma única oportunidade nesse ano de estreia, as suas qualidades fariam com que nas temporadas seguintes começasse a ganhar o seu espaço. Também no que diz respeito a títulos, os troféus não demorariam a entrar na sua vida. O “Brasileirão” de 1991, os “Estaduais Paulistas” de 1991 e 1992, a Copa Libertadores e a Taça Intercontinental de 1992 e 1993, a Supercopa Sudamericana de 1993, a Recopa Sudamerica de 1993 e 1994 e a Copa CONMEBOL de 1994 seriam os títulos que acabariam por colorir os anos iniciais da sua carreira.
No mesmo ano em que é eleito o Melhor Jogador Sul-Americano, Cafu tem a sua primeira aventura no estrangeiro. Em Espanha, passa a representar o Zaragoza e ajuda o emblema de Aragão numa das campanhas mais notáveis da história do clube. Com craques como Juan Esnáider, Fernando Cáceres, Gustavo Poyet, Jesús Solana ou Alberto Belsué, o grupo orientado pelo antigo treinador do FC Porto, Víctor Fernández, chegaria à final da Taça das Taças de 1994/95. Na derradeira partida, disputada no Parc des Princes, o resultado de 1-1 levaria a disputa do troféu para prolongamento. É então que, perto do fim da partida, Nayim, com um chapéu de bem longe, decide a partida em favor dos espanhóis.
No final dessa temporada na “La Liga”, a Parmalat, empresa italiana que nos anos 90 muito gastou no futebol, adquire do seu “passe”. A ideia dos investidores era a de levar o atleta de volta ao seu país. Sendo o Palmeiras o principal emblema patrocinado no Brasil, a vontade de aí colocar o atleta esbarraria na cláusula imposta pelo São Paulo na hora da sua transferência para a Europa. Tentando contornar essa exigência, que implicaria o pagamento de uma maquia considerável, a solução encontrada ditaria a passagem de Cafu pelo Juventude.
Após a curta estadia no emblema de Caxias do Sul, e entre processos na justiça desportiva e multas, dá-se a mudança para o Palestra Itália. A passagem pelo Palmeiras, onde ainda conseguiria vencer o “Estadual Paulista” de 1996, pouco mais serviria do que a transição para uma nova aventura no “Velho Continente”. Apesar da aposta pouco conseguida no regresso ao Brasil, o título de campeão do mundo obtido em 1994 manteria a sua cotação bem alta. Por essa razão, não seria difícil para os responsáveis da Roma entender que o defesa seria uma contratação segura. A sua ida para o “Calcio“ dar-se-ia na temporada de 1997/98 e tal passo seria deveras importante para que Cafu conseguisse transformar-se num dos melhores laterais-direitos da história recente da modalidade.
Sendo preciso, não só a ida para a Serie A ajudaria a que desse o maior salto na sua carreira. A importância das suas prestações no sucesso da selecção brasileira, também contribuiria para que o valor do jogador não parasse de crescer. Os números conseguidos com a camisola “canarinha” seriam a maior aferição desse êxito. Nesse sentido, é impossível esquecer os títulos. Ora, para além de 2 vitórias na Copa América (1997; 1999) e 1 na Taça das Confederações (1997), há ainda as presenças no Campeonato do Mundo. À já referida conquista em 1994, temos que juntar mais 3 participações naquele que é o maior certame futebolístico da actualidade. As partidas jogadas nos torneios organizados nos Estados Unidos da América, na França, no Japão e Coreia do Sul e na Alemanha, resultariam numa série de recordes quebrados. Assim, a juntar a uma nova vitória em 2002, Cafu tornar-se-ia no primeiro futebolista a marcar presença em 3 finais consecutivas (1994, 1998 e 2002) e a vencer mais jogos, 16, em fases finais de Mundiais.
Voltando à sua estadia em Itália, o defesa passaria 11 temporadas no “Calcio”. Essas campanhas, divididas entre Roma e AC Milan, transformariam o atleta. Como já foi referido, a experiência contribuiria para que Cafu passasse de um bom atleta para ser um dos melhores a actuar na sua posição. As participações nas competições europeias, mormente na Liga dos Campeões, muito contribuiriam para esse estatuto. Todavia, essas presenças, só por si, não seriam suficientes. A vitória do conjunto milanês na edição de 2006/07 da “Champions” seria muito importante para sublinhar tudo o que aqui já foi dito acerca do jogador. Para “completar o ramalhete” não posso deixar de referir as conquistas de 1 “Scudetto” por cada equipa representada, ou, já nos “Rossoneri”, dos triunfos na Supertaça Europeia (2003; 2007) e no Mundial de Clubes (2007).

879 - HAKAN SÜKÜR

Quando em 1987 fez a estreia pela principal equipa do Sakaryaspor, ninguém estaria à espera que Hakan Sükür conseguisse ser uma figura famosa tanto no desporto turco, como na cena política do país. Quanto a essa segunda faceta, e mais tarde lá regressaremos, é quase certo que não. Já no que diz respeito às suas habilidades futebolísticas, a única verdade é que, desde muito cedo, o avançado começou a mostrar algum jeito para marcar golos.
Tendo evoluído com as selecções jovens da Turquia, também a nível do clube o que mostrava era positivo. Ainda assim, e devido à sua tenra idade, só nas temporadas a seguir à de estreia é que Hakan Sükür começaria a ganhar mais espaço no “onze” inicial do Sakaryaspor. 3 épocas após a sua estreia e sendo um dos elementos de maior importância dentro do grupo, surge a proposta do Bursaspor. No Verão de 1990, a transferência conclui-se e ao passar a jogar num grupo com maiores ambições, também a sua cotação começaria a crescer.
Em Março de 1992 mais um passo importante na sua carreira. A estreia pela selecção “A”, num particular frente ao Luxemburgo, lançá-lo-ia na senda internacional. Quase de imediato, viria o interesse do Galatasaray. Ora, a mudança para um dos “gigantes” de Istambul, a juntar à presença na “Champions” e à importância dos seus golos na conquista de diversos títulos, haveriam de pô-lo nas “bocas do mundo”.
Bastante valorizado, a sua saída para o “Calcio” a poucos surpreenderia. Ainda assim, a adaptação a uma realidade competitiva bastante diferente não correria segundo as espectativas criadas por altura da sua chegada a Itália. Os meses passados ao serviço do Torino pouco espelhariam a sua qualidade e a meio da temporada de 1995/96 dá-se o regresso ao Galatasaray. No entanto, há males que até vêm por bem. O fracasso da primeira experiência fora do país, empurrá-lo-ia para uma das melhores fases do seu percurso profissional. Mais uma série de títulos colectivos, 3 prémios de Melhor Marcador da “Süper Lig” e a conquista da Taça UEFA de 1999/00, sublinhariam esse período de 4 anos e meio.
Tão boa sequência de vitórias teria que resultar numa nova oportunidade no estrangeiro. Todavia, e tal com tinha acontecido anos antes, Hakan Sükür não conseguiria impor o seu futebol. Inter de Milão, Parma e Blackburn seriam os capítulos seguintes da sua história futebolística. É certo que, durante esse tempo, nem tudo foram dissabores. As participações com a Turquia nos principais certames de selecções, seriam positivas. Já depois de ter disputado o Euro 96 e o Euro 2000, a sua estreia num Campeonato do Mundo faria com que o ponta-de-lança entrasse para os anais da modalidade. No torneio de 2002, organizado entre o Japão e a Coreia do Sul, muito mais do que o 3º posto alcançado pela equipa nacional turca, ficaria para a memória um dos golos do atacante. Na partida para decidir a atribuição do último lugar do pódio, o jogador marcaria aos 10,8 segundos de jogo. Esse tento ficaria nos recordes como o golo mais rápido conseguido numa fase final de um Mundial.
A última fase da sua carreira seria, mais uma vez, despendida com as cores do Galatasaray. No cômputo das 3 passagens pelo emblema de Istambul, ao palmarés do jogador chegariam, para além da já referida conquista europeia, 8 Ligas, 5 Taças e 3 Supertaças. Esse derradeiro período terminaria em 2008 e, com o fim da carreira, o atleta ver-se-ia consagrado como um dos melhores atletas do desporto turco.
Após “pendurar as chuteiras” Hakan Sükür afastar-se-ia um pouco da modalidade. Mantendo alguma ligação ao futebol com as aparições em programas desportivos, o antigo internacional começaria a dedicar-se à política. No entanto, a nova ocupação acabaria por trazer imensos problemas à sua vida. Tendo sido eleito deputado pelo “Adalet ve Kalkinma Partisi”, partido do actual Presidente Recep Erdogan, seria a sua ligação a outra alta figura da cena turca que o poria em maus lençóis.
Próximo de Fethullah Gülen, a ordem, por parte das entidades oficiais, para encerrar escolas ligadas ao teólogo, levaria a que o ex-futebolista deixasse o AKP. O acto de protesto, e tendo em conta que o religioso é um dos principais opositores ao regime vigente no país, criaria uma enorme celeuma. Não tardou muito para que as autoridades fossem no seu encalço. Após ter publicado alguns comentários nas redes sociais, Hakan Sükür seria acusado de insultar o Presidente e de, tal como o seu pai, pertencer e financiar uma organização terrorista. Com o seu progenitor a ser encarcerado, acabando este por falecer na prisão, o antigo jogador conseguiria escapar-se do país. Na sequência da fuga, pede e consegue exílio político nos Estados Unidos da América, estando impossibilitado de voltar à Turquia.

878 - KLOSE

Nascido na Polónia, mas com ascendência alemã, Miroslav Klose haveria de crescer numa casa onde o desporto, mais de que uma prática diária, era a profissão dos seus progenitores. O seu pai, Josef Klose, construiria a carreira de futebolista em clubes como o Odra Opole ou os franceses do Auxerre. Já a mãe, Barbara Jez, optaria por outra modalidade e no Andebol chegaria a vestir as cores da equipa nacional polaca.
No que a Miroslav diz respeito, os primeiros passos no futebol seriam dados já a sua família estava a morar na Alemanha. No modesto SG Blaubach-Diedelkopf, o avançado faria toda a formação enquanto atleta. Com “faro” para o golo, onde o jogo de cabeça era aquilo que mais o destacava, Klose facilmente chamaria a atenção de outros clubes. Na transição para o patamar sénior, onde tantos outros encontram grandes dificuldades, o atacante conseguiria catapultar-se de forma brilhante. Do emblema do 7º escalão, transferir-se-ia para o FC 08 Hombur. É certo que a mudança parece ter pouco valor. Contudo, bastaria mais uma temporada a jogar nas divisões secundárias para que, em 1999/00, chegasse ao principal patamar germânico.
A mudança para o Kaiserslautern permitiria a Klose, não só a estreia na 1. Bundesliga, como estar num emblema que habitualmente concorria pelos “lugares europeus”. Claro está que a estreia na equipa principal não viria de imediato. Só depois de passar alguns meses no conjunto “b” é que Otto Rehhagel daria ao atacante uma oportunidade. Ainda assim, é impossível dizer-se que a sua adaptação tenha sido muito difícil. Ora, após essa primeira partida, disputada no último terço da temporada de 1999/00, o ponta-de-lança agarraria um lugar no plantel e tornar-se-ia numa das principais estrelas dos “Roten Teufel”.
Nisto de subidas, também pela equipa nacional a sua ascensão seria bastante rápida. Após o destaque conseguido no Kaiserslautern, não tardou muito para que o seu nome começasse a figurar nas convocatórias da “Mannschaft”. Em Março de 2001, meses após ter recusado representar a Polónia, Klose estreia-se pela Alemanha. Esse desafio frente a Albânia, onde também marcaria 1 golo, seria o ponto de partida para que entrasse na história do futebol germânico. Tendo disputado diversos Europeus e Mundiais, seria a presença em 4 Campeonatos do Mundo que haveria de pô-lo nos anais da modalidade. A sua participação em 2002, 2006, 2010 e 2014 resultaria, no cômputo dessas 4 edições, em diversos golos. No torneio organizado no Brasil, num jogo que ficaria na memória de todos, o atleta também contribuiria para os 7-1 impostos ao conjunto anfitrião. Com esse remate certeiro, o atleta conseguiria somar o 16º tento numa fase final e, ao ultrapassar o registo de Ronaldo, tomaria para si mais um recorde.
Paralelamente ao percurso feito com a selecção, também o seu currículo a nível de clubes, serviria para aferi-lo como um dos grandes avançados do século XXI. A mudança do Kaiserslautern para o Werder Bremen seria um passo importante na sua carreira. Pelo novo emblema, Klose conseguiria, em termos individuais e colectivos, prémios muito importantes. Nesse sentido, 2006 seria um ano bastante proveitoso.  Para além de vencer a DFB-Ligapokal (Taça da Liga), o ponta-de-lança ficaria em primeiro na tabela dos Melhores Marcadores do Campeonato e venceria o prémio de Jogador do Ano na Bundesliga.
É óbvio que a transferência para o Bayern de Munique, seria o melhor atestado à qualidade do seu jogo. Pelos bávaros, Klose conseguiria juntar ao seu palmarés mais uma série de títulos. 2 Bundesligas (2007/08, 2009/10), 2 Taças (2007/08, 2009/10), 1 Taça da Liga (2007/08) e 1 Supertaça (2010/11), só seriam superados pela vitória, mais uma vez com a camisola germânica, no Campeonato do Mundo de 2014. Para ser correcto, não posso associar este último troféu ao período passado na Alemanha. Por altura desse enorme feito, já o atleta disputava a “Serie A” do “Calcio”. Ora, seria na Lazio que o atacante passaria os derradeiros anos da carreira. Pelo emblema da cidade de Roma, o internacional alemão jogaria 5 temporadas. Tempo ainda para vencer a edição de 2012/13 da “Coppa” de Itália.
Após abandonar os relvados em 2016, Klose dedicar-se-ia às funções de treinador. Depois da experiência como adjunto na selecção alemã, o antigo futebolista é, neste momento parte integrante dos quadros técnicos do Bayern. No emblema de Munique, orienta agora (2017/18) a equipa de sub-17.

877 - MONDRAGÓN

De ascendência libanesa, Faryd Mondragón nasceria na cidade colombiana de Cali. Seria nessa mesma localidade que no Deportivo local, daria os primeiros passos de um percurso que quase atingiria as duas décadas e meia.
Depois de, nos primeiros anos de carreira, ter cirandado por alguns emblemas do seu país e pelos paraguaios do Cerro Porteño, é a ida para a Argentina que começa a solidificar o seu percurso a nível de clubes. Curiosamente, e mesmo antes de conseguir afirmar-se numa colectividade, Mondragón já fazia parte de um restrito grupo de atletas que, no início dos anos 90, era visto como a elite do futebol colombiano. Nesse sentido, a chamada aos Jogos Olímpicos de Barcelona, seguidas das presenças na Copa América de 1993 e Mundial de 1994, serviria para atestar todas as expectativas criadas à sua volta.
A passagem pelo Argentino Juniors e, mais tarde, a sua transferência para o Independiente mostrariam Mondragón como um dos melhores guardiões da América do Sul. No emblema de Avellaneda onde, no cômputo de 3 diferentes períodos, passaria 6 temporadas, o atleta ganharia alguns dos mais importantes troféus da sua carreira. Mesmo sem conseguir ajudar os “Diablos Rojos” a conquistar a liga argentina, a sua presença no “onze” seria importante para que, em 1995, a Recopa Sudamericana e a Supercopa Libertadores acabassem nos escaparates do clube.
Claro está que a projecção que começava a ter, torná-lo-ia num alvo apetecível por outras paragens. Do outro lado do oceano começariam a surgir propostas pela sua contratação e o atleta, não podendo virar as costas a tais oportunidades, faria as malas e viajaria para a Europa. Contudo, aquilo que é o sonho de muitos futebolistas sul-americanos, para Mondragón não passaria de uma má experiência. A época de 1998/99, já depois de mais uma presença no Campeonato do Mundo, seria passada ao serviço do Real Zaragoza. Essa campanha, apesar da esperança nela depositada, ficaria abaixo das espectativas. Poucas presenças em campo e, no final da referida época, o regresso à Argentina.
Não tardou muito até que o guarda-redes voltasse a aventurar-se pelo “Velho Continente”. Em 2000, o jogador chega a França para jogar pelo Metz. Dessa feita, a história até parecia encaminhar-se para um desfecho completamente diferente. Todavia, e apesar da preponderância conquistada no seio do plantel gaulês, o desfecho da temporada traria mais um “amargo de boca” ao percurso do guarda-redes. Acusado de usar um passaporte grego falso, o futebolista acabaria em tribunal. Mesmo tendo o clube alegado que os lugares para extra-comunitários não estavam preenchidos, a sansão desportiva também não tardou. Impedido de jogar em França, o atleta não teve outra alternativa senão procurar abrigo noutras paragens.
Curiosamente, a trapalhada vivida em França levá-lo-ia a uma boa experiência. A opção encontrada empurrá-lo-ia até à Turquia. Contratado pelo Galatasaray, o guarda-redes conseguiria jogar regularmente e, acima de tudo, assumiria um papel importante aos olhos da massa adepta. Nas 6 temporadas passadas em Istambul, e com os títulos conquistados em 2001/02 e 2005/06, Mondragón sagrar-se-ia, pela primeira vez na sua carreira, campeão nacional.
Mesmo com uma passagem marcada pela regularidade, a última época ao serviço do emblema turco seria especialmente positiva. Tanto assim foi que, mesmo tendo em conta os 37 anos, o FC Köln não hesitaria no momento de o contratar. Na Bundesliga os seus níveis exibicionais manter-se-iam elevados. Claro está que a idade começaria a pesar e, mesmo depois de ultrapassar a barreira dos 40, o fim do seu percurso profissional não parecia estar à vista. Philadelphia Union e o regresso ao Deportivo Cali, completariam o resto da sua carreira. No entanto, a sua caminhada não chegaria ao fim sem antes conseguir mais uma bela marca para o seu palmarés. Convocado para o Mundial de 2014, a sua entrada na partida frente ao Japão quebraria mais um recorde. Com 43 anos e 3 dias, Mondragón, ultrapassando o camaronês Roger Milla, tornar-se-ia no atleta mais velho a disputar uma fase final do Campeonato do Mundo.

876 - PELÉ

Quando em casa mora um futebolista que, no cômputo do seu percurso profissional, vestiu as camisolas do Fluminense e do Atlético Mineiro, é fácil alimentar a paixão pelo “desporto rei”. Nesse sentido, é só seguir a velha máxima “filho de peixe sabe nadar”, para perceber que os primeiros passos do jovem Edson Arantes do Nascimento tiveram origem no seu progenitor, o avançado Dondinho.
Para além das brincadeiras com o pai, os seus primeiros anos no futebol seriam feitos de passagens pelas camadas juvenis de diferentes clubes. Jogando em paralelo as disciplinas de “11” e de “salão”, Pelé começaria a desenvolver características muito interessantes. Ora, é nesse percurso formativo que acabaria também por representar o Bauru Atlético Clube. No modesto emblema do Estado de São Paulo seria orientado por Waldemar de Brito, tornando-se o antigo internacional brasileiro numa das figuras mais preponderantes da sua carreira.
O referido técnico, compreendendo as excelsas habilidades do jovem atleta, decide levá-lo ao Santos para que este pudesse treinar à experiência. Rápido, com uma grande visão de jogo e com uma capacidade técnica também ela tremenda, Pelé deliciaria os responsáveis do clube. O agrado seria de tal ordem que pouco tempo após a sua chegada, dá-se a sua estreia pelo “Peixe”. Com apenas 15 anos, o médio-ofensivo é chamado a jogo frente ao Corinthians de Santo André. Daí em diante, os saltos no seu percurso seriam uma constante. Começa por ganhar um lugar no “onze” inicial; torna-se, na temporada a seguir à sua chegada, no Melhor Marcador do Campeonato Paulista”; e, ainda nesse ano de 1957, consegue estrear-se pela principal selecção do Brasil.
Aliás, seria pelo “Escrete” que Pelé conseguiria projectar-se a nível internacional. Depois de ter sido um dos principais intérpretes da vitória do Brasil no Mundial de 1958, o jogador começaria a ser desejado por diversos clubes. Vários “gigantes” europeus alinhar-se-iam como candidatos à sua contratação. Contudo, e como aconteceria em outras ocasiões, dir-se-ia que a sua transferência havia sido vetada pelos mais altos responsáveis do Estado. O assédio ao craque “canarinho” aumentaria de tom após nova aparição no Campeonato do Mundo. Quatro anos após a presença na Suécia, a sua participação no torneio organizado no Chile faria dele um dos atletas mais desejados na modalidade. Dessa feita, os periódicos desportivos veiculariam Manchester United, Real Madrid e Juventus como os colossos no seu encalço. No entanto, Pelé ficaria no Santos e, mais uma vez, viriam a público histórias sobre a interferência do governo num possível negócio.
Apesar dos troféus conseguidos ao serviço do Santos, a verdade é que seria pelo seu país que Pelé lograria os maiores prémios e distinções. Para além das participações em 4 torneios consecutivos, as vitórias nos certames de 1958, 1962 e 1970 fazem dele o atleta com mais triunfos na história do Campeonato do Mundo. Claro está, a ligação do astro brasileiro ao Mundial ainda deu azo a mais curiosidades. Por exemplo, a sua presença na final da competição disputada na Suécia, quando tinha apenas 17 anos e 249 dias, faz dele, ainda nos dias de hoje, o mais jovem futebolista a participar e vencer aquela que é a derradeira partida do torneio.

MUNDIAL E OS SEUS RECORDES

Em ano de Campeonato do Mundo é impossível não voltarmos a falar daquele que é o maior evento de futebol do planeta. Pelo torneio já passaram imensos atletas, treinadores e outras figuras que, de forma mais ou menos brilhante, marcaram a sua história. Nesse sentido, as façanhas alcançadas nas 20 edições já disputadas tornaram-se em muito mais do que uma mera estatística. É por essa razão que durante o mês de Maio, o “Cromo sem caderneta” vai dedicar-se ao “Mundial e os seus recordes”.