858 - MARK PEMBRIDGE


Estrear-se-ia no principal escalão inglês ao serviço do Luton Town. Nessa campanha de 1990/91, que seria também a sua primeira como sénior, Mark Pembridge encetaria uma carreira que, sem ser brilhante, caracterizar-se-ia pela robustez.
Longe de ser um virtuoso, o médio esquerdo haveria de revelar-se como um atleta trabalhador. Esforçado, sempre que era chamado a jogo, o galês jamais mostrava falta de empenho. Nesse sentido, foi conquistando o seu lugar na equipa e, progressivamente, o seu nome começou a aparecer, cada vez mais, nas fichas de jogo. No começo da segunda temporada já era um dos jogadores mais utilizados pelo clube e, como um merecido prémio, é chamado a disputar um amigável pela equipa nacional do seu país.
A partir de Setembro de 1991, data desse particular frente ao Brasil, Mark Pembridge passa a ser um dos atletas mais assíduo nas convocatórias do País de Gales. Mesmo depois de mudar de clube, e da passagem pelos escalões secundários britânicos, a sua presença com a camisola dos “Dragons” não esmoreceria. Tendo participado em diversas fases de qualificação, o médio, no espaço de 13 anos, conseguiria amealhar 54 internacionalizações.
Voltando ao seu percurso clubístico, e após a descida do Luton Town em 1992, o “passe” de Mark Pembridge seria adquirido pelo Derby County. Contudo, a mudança não evitaria a passagem do médio pelos escalões secundários. Um ano após a dita transferência, também os “The Rams” acabariam relegados. Ainda assim, as prestações do jogador não passariam despercebidas e, ao invés de o seu valor diminuir, o esquerdino veria a sua cotação aumentar.
Tido como um jogador capaz de dar solidez à sua equipa, é pela mão do Sheffield Wednesday que Mark Pembridge acabaria por regressar aos palcos maiores do futebol britânico. As 3 épocas passadas no emblema de South Yorkshire acabariam por ser as mais consistentes do seu percurso profissional. Esse facto levá-lo-ia a cimentar-se como um atleta de cariz primodivisionário. Tal certeza não passaria despercebida e o médio passaria a ser visto, por muita gente, como um bom reforço a ter nos seus planteis.
Quem viria a apostar no atleta seria Graeme Souness. Na sua passagem pelo Benfica, o técnico escocês acabaria por apoiar-se na contratação de um enorme contingente britânico. Já no arranque da campanha de 1998/99, juntamente com Michael Thomas, Mark Pembridge é apresentado na “Luz”. Desde início, é tido como um dos titulares e dono do lado canhoto do ataque encarnado. Todavia, e nunca esquecendo que os “Encarnados” estavam a passar por uma fase bem conturbada da sua história, o jogador nunca conseguiria afirmar-se plenamente. No fim dessa temporada e empurrado pelo despedimento do já referido treinador, o médio vê-se na lista dos “transferíveis”. Nisto, o Everton faz a sua proposta e o atleta acabaria por regressar a Inglaterra.
Na cidade de Liverpool, e apesar de um arranque marcado por algumas lesões, Mark Pembridge voltaria a afirmar-se como um bom jogador. Recuperando a fama de “batalhador”, os adeptos do Everton começariam a elegê-lo como um dos seus favoritos. Mesmo após a sua saída para o Fulham, o médio continuaria a ser recordado com saudade. No regresso a Goodison Park o internacional galês, num momento de verdadeiro “fair-play”, haveria de ser acarinhado pela assistência – “Eu fui tão bem recebido e foi uma experiência de verdadeira humildade. O facto de os fãs terem ovacionado o meu nome quando foi anunciado antes do jogo e, depois, a maneira como aplaudiram quando eu marquei os cantos, foi algo que nunca mais esquecerei”*.
No final de 2006/07, após a sua mudança para Londres em 2003, Mark Pembridge decide ser a hora certa para terminar a sua carreira como futebolista. A ligação com o clube manter-se-ia, mas, dessa feita, com outras funções. Como treinador pertencente aos quadros do Fulham, para além de uma passagem como adjunto na equipa principal, o antigo jogador tem-se destacado pelo seu trabalho nas camadas de formação.

*retirado de https://toffeeweb.com

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