850 - RUI FERREIRA

Vindo do Sporting de Espinho, Rui Ferreira chegaria ao Benfica ainda em idade juvenil. A sua adaptação ao clube seria tão boa que, poucos meses após a sua chegada, o médio haveria de ser chamado às jovens selecções de Portugal. Sob a alçada de Carlos Queiroz, e ao lado de jogadores como Luís Figo, o atleta também daria a seu contributo para alicerçar aquela que ficou conhecida como a “geração de ouro”. Com as “quinas” ao peito, seria convocado para participar no Mundial s-17 de 1989. Na Escócia, apesar de não ter chegado a entrar em campo, faria parte do grupo que conquistaria a medalha de bronze.
Apesar de todos os sinais darem a indicação que Rui Ferreira estaria talhado para uma carreira de sucesso, a verdade é que, na transição para a categoria principal, a realidade mostrar-se-ia bastante diferente. Sem lugar no plantel “encarnado”, a solução passaria por jogar noutro emblema. Em 1991/92, já longe de Lisboa, assina pelo Mirense e inicia a sua caminhada pelo patamar sénior.
Tendo começado na colectividade do distrito de Leiria, os anos seguintes manteriam Rui Ferreira nos escalões secundários do futebol nacional. Ao contrário do que muitos teriam previsto, o jogador ficaria bastante tempo sem experimentar a 1ª divisão. Com passagens por diferentes clubes, casos da Oliveirense, o regresso ao Sporting de Espinho, Lusitânia de Lourosa, União de Lamas e Gil Vicente, só 8 temporadas volvidas após deixar as “escolas” do Benfica, é que o trinco teria a oportunidade de jogar a principal competição portuguesa.
Depois de ter brilhado pela formação de Barcelos, onde conquistaria o título da Divisão de Honra (1998/99), seria pelo Salgueiros que, na temporada seguinte, faria a estreia no patamar maior dos nossos Campeonatos. Os 3 anos passados ao serviço do emblema de Paranhos, ainda que a lutar pela permanência, mostrariam que a carreira do “trinco” tinha, até então, ficado aquém das suas capacidades. Com a descida do clube portuense em 2002, mesmo tendo o jogador ultrapassado a “barreira dos 30”, logo apareceriam outros emblemas decididos em apostar na sua contratação. Seguir-se-ia o Vitória de Guimarães e, na “Cidade Berço”, as exibições de Rui Ferreira sublinhá-lo-iam, ainda mais, como um futebolista primodivisionário.
Após as campanhas disputadas pelo Belenenses, a carreira do médio entraria na fase descendente. Seguir-se-iam, já longe das grandes disputas, Portimonense e, mais uma vez, o Sporting de Espinho. Em 2008/09, depois de findada a temporada ao serviço do Santa Clara, o atleta decide ser a altura certa para retirar-se dos relvados. Tendo terminado o seu percurso como jogador, Rui Ferreira ainda daria os primeiros passos como treinador. Estando, por esta altura, afastado da modalidade, o antigo internacional português, tem-se dedicado mais à televisão. Como comentador desportivo, é habitual a sua presença em programas do Porto Canal.

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