375 - TAUMENT

Tendo terminado a sua formação pelo Feyenoord, haveria de ser no clube de Roterdão que o extremo começaria a sua carreira como profissional. Prometendo vir a ser uma das estrelas futuras da selecção do país da Casa de "Orange", Gaston Taument, pouco tempo após a sua promoção aos seniores, seria também chamado a representar a equipa principal da Holanda - "O meu jogo de estreia é a minha recordação mais memorável. Eu tinha acabado de fazer a minha estreia pelo Feyenoord e pouco tempo depois tive a minha convocatória. Eu nem conseguia acreditar. Rinus Michels era o treinador e permitiu-me jogar contra Portugal num amigável".
Por esta altura, Taument nada saberia, ou desconfiaria sequer, que o país contra o qual cumpria a sua primeira internacionalização iria marcar um ponto de viragem, deveras importante, na sua vida como futebolista profissional. Bem, muito antes, viriam ainda uma série de anos, talhados de sucessos, no emblema que o havia formado. Durante essas 8 temporadas de ligação contratual - adicionem mais uma, a de 1990/91, em que, por empréstimo, seria cedido ao Excelcior - Taument conseguiria construir uma carreira desportiva sólida, ao ponto de ser considerado, não uma estrela do calibre das incontestáveis a nível mundial, mas um praticante cujo nome era bem reconhecido pelos amantes da modalidade. Para tal estatuto muito contribuiriam as conquistas conseguidas pelo Feyenoord (1 Campeonato; 4 Taças da Holanda; 1 Supertaça) e, principalmente, as suas participações nas grandes competições de selecções, como o Mundial de 1994, realizado nos Estados Unidos, ou o Europeu de 1996, ocorrido na Inglaterra.
É uma época depois da sua participação no torneio organizado pelos britânicos, que a ligação de Taument com o nosso país ocorre. A temporada 1997/98 estava a começar para os lados da "Luz" quando as novidades começaram a ser anunciadas. Ao comando, Manuel José preparava uma temporada que se queria, pelo menos, para fazer esquecer os desastres que se vinham acumulando há uns anos. Contratações como a do extremo direito dos Países-Baixos ou ainda de nomes como os do avançado Paulo Nunes ou do defesa central Carlos Gamarra, faziam ver o futuro com uma perspectiva optimista. No entanto, como era apanágio para aqueles lados da 2ª Circular, o tal sonho começaria a desmoronar-se bem cedo. O técnico português haveria de ser despedido e uma série de jogadores, incluindo os que ainda agora referimos, seriam surpreendentemente transferidos.
Taument sairia do Benfica sem nunca conseguir mostrar o porquê da sua fama. Acusado por alguns de se mostrar pouco disponível, e bem longe dos números que o marcavam como craque na Holanda, a janela de transferências no Inverno de 1998, serviria para que este se mudasse de Portugal para a Bélgica. A sua ida para o Anderlecht, ao contrário daquilo que poderia sugerir, uma nova oportunidade para se relançar no futebol, pareceu apenas servir para dar continuidade à imagem de que a sua carreira entrava numa fase descendente.
Depois do clube de Bruxelas, seguiram-se as passagens pela Grécia e Áustria, onde representaria, respectivamente, o OFI Creta e o Rapid Viena. 2002 marcaria, deste modo, o fim da sua carreira como desportista, passando logo de seguida a abraçar a função de treinador e regressando com isso ao seu clube de sempre, o Feyenoord.

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