341 - TONI


Se "Tonis" há muitos, já aquele que hoje aqui trago partilha com o Toni anterior, muito mais do que o diminutivo. Ora reparem! Para além do esperado e normal António, ambos respondem pelos apelidos Conceição e Oliveira!
Deixemo-nos de curiosidades e passemos à história. Essa, para o lateral-direito, começou nas escolas do Sporting de Braga. Assim sendo, foi com os "Arsenalistas" que Toni fez toda a formação enquanto jogador de futebol. Terminada esta etapa, o jovem atleta, com o começo da temporada de 1980/81, viu-se integrado no plantel sénior dos bracarenses. Tapado por Artur, que também chegaria a internacional português, o jogador acabou por ter, situação normal para os jovens recém-chegados a qualquer equipa, bastantes dificuldades em conseguir impor-se. Como é óbvio, nessas situações e adivinhando os responsáveis pelo clube um futuro promissor para o jovem atleta, o defesa, nas épocas seguintes e através de sucessivos empréstimos, acabou a envergar outras camisolas.
No Riopele e nos primeiros anos de Vizela, a sua rodagem fez-se pelos escalões secundários. Já a temporada de 1984/85, com a subida dos de "azul celeste" ao patamar maior do futebol português, revelou Toni com outras capacidades e, como provam a presença em 27 jornadas, apto a ser titular na 1ª divisão. Com a titularidade, tornou-se peremptória a ideia do regresso ao clube de origem. Desse modo, o treinador Henrique Calisto logo tratou de incluí-lo no grupo de trabalho e o lateral-direito, daí em diante, tudo fez para conquistar um lugar no “onze” do Sporting de Braga.
A posição acabou mesmo por ser entregue à sua intendência. Todavia, o mérito a mantê-lo como um dos habituais no alinhamento da equipa bracarense, transformou-se na virtude que começou a pô-lo nas cogitações de equipas mais poderosas. Desse "namoro" nasceu a recusa de Toni em prolongar o contrato com os “Guerreiros do Minho”. Como retaliação, o jogador acabou por ser posto de parte num grande número das jornadas correspondentes à temporada de 1988/89. Ironicamente, seria no decorrer da dita campanha, mais precisamente a 12 de Novembro de 1988, que o passo há muito previsto acabou por acontecer. Com Juca como o "homem do leme", o “particular” agendado com a congénere sueca, disputado em Gotemburgo, serviu para a estreia de Toni com a "camisola das quinas", naquela que foi a sua única internacionalização pela principal selecção portuguesa.
Terminada a ligação contratual com o Sporting de Braga, Toni decidiu dar um salto na carreira e mudar-se para o FC Porto. É verdade que a decisão poderia ter sido a maneira de conseguir catapultar-se na profissão. No entanto, o sonho de entrar nas Antas na temporada 1989/90, não passou disso mesmo. Uma grave lesão pôs fim ao plano de singrar num dos “grandes” e, passadas duas épocas após a integração no plantel “azul e branco”, o defesa-direito terminou a ligação à colectividade sediada na “Cidade Invicta”, com o orgulho de, apesar de todo o azar, ter conseguido sagrar-se Campeão Nacional na temporada da sua chegada.
Já como técnico, depois de muitos anos como adjunto no Sporting de Braga e como treinador-principal em diversos emblemas do meio da tabela, a sua vida veio a sofrer uma grande mudança. Com a opção de emigrar, na Roménia, ao serviço do Cluj conquistou, logo na estreia, a edição de 2008/09 da Taça da Roménia. O feito, ao comando daquela que era a equipa mais portuguesa do país, repetiu-se no ano seguinte. A esses troféus, Toni juntou ainda o Campeonato de 2009/10. Contudo, a verdade é que quem terminou a referida temporada ao comando da equipa foi o italiano Andrea Mandorlini. Ainda assim, nada impedirá o português de exibir no seu currículo o título ganho.

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