297 - CHANO

Não pode dizer-se que, no decorrer da vida como futebolista, Chano tivesse sido um jogador medíocre. Longe disso. Em certa medida, penso até que terá sido injustamente subvalorizado, razão possível para justificar a única internacionalização “A” com a camisola da selecção espanhola.
Ao dividir grande parte da carreira entre o Real Betis e o Tenerife, Chano habituou-se, ou não estivéssemos a falar da “La Liga”, aos melhores palcos da modalidade. Com a sua visão de jogo e qualidade de passe, imprimiu no futebol uma marca de qualidade, a qual levou o jogador a transformar-se num elemento nuclear das equipas por onde passou. Já no que à mudança para o Benfica diz respeito, não poderá dizer-se o mesmo sobre a sua importância. Contratado com o aval do técnico alemão Jupp Heynckes, por quem tinha sido treinado no emblema sediado nas Ilhas Canárias, os 34 anos que contava por altura da chegada a Lisboa, em grande medida, revelaram as mazelas trazidas de uma longa vida passada no desporto. É verdade que ainda conseguimos vislumbrar algumas capacidades. Porém, para além de pouco ajudado pela idade, há também que referir que o Estádio da “Luz”, por altura da sua estadia em Portugal, não era o lugar mais indicado para alguém provar o quer que fosse, nomeadamente aptidões futebolísticas.
Nas duas temporadas passadas com as “Águias”, a de 1999/00 e a de 2000/01, que acabaram por tornar-se nas últimas do médio como profissional, Chano pouco acrescentou ao currículo pessoal. Num plantel onde escasseavam os nomes sonantes, o melhor que o espanhol conseguiu levar na bagagem foi um 3º posto na tabela classificativa do Campeonato Nacional.

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