273 - VALDEMAR MOTA

Foi talvez o primeiro grande atleta internacional do FC Porto. A prová-lo está o facto de ter sido o primeiro portista olímpico na história do desporto português. Como já adivinharam, esse feito conseguiu-o em 1928, por altura dos Jogos de Amesterdão. No certame organizado na cidade holandesa, Valdemar Mota, que desde jovem envergava o “azul e branco” do clube portuense, transformou-se numa das figuras da comitiva nacional. Para além das grandes exibições na extrema-direita do ataque, aquele que também foi o primeiro capitão da selecção saído dos “Dragões”, teve a honra de, na vitória frente ao Chile, concretizar o golo inaugural da equipa lusa.
Alias, seriam os jogos de grande monta que fariam dele uma lenda. É que o avançado parecia ter queda para esse tipo de embates. De outra vez, corria o ano de 1933, numa altura em que não havia competições oficiais entre clubes de diferentes países e em que os embates com equipas estrangeiras valiam muito mais do que o termo “amigáveis” pode hoje compreender, o FC Porto recebeu os “galácticos” do First Viena. Nesse encontro disputado próximo da hora de almoço, Valdemar Mota, Pinga e Acácio Mesquita, para além de terem ajudado a derrotar os austríacos por 3-0, ainda conseguiram fazer a “cabeça em água” àquele que era tido como um dos melhores “onzes” de então. O epíteto não tardou a chegar e após tal feito, o trio atacante dos “Dragões” passou a ser conhecido como os “três diabos do meio-dia”.
Claro que estar a reduzir a carreira do avançado a apenas a este de tipo de partidas, acaba por ser redutor. Também no plano nacional, Acácio Mesquita teve uma carreira brilhante. Ele que, com fintas diabólicas, primava pela capacidade técnica e também pelos fortes e colocados remates, para além dos 8 Campeonatos Regionais que fazem parte do seu currículo vitorioso, conseguiu, igualmente, conquistar 1 Campeonato da 1ª Liga (competição antecessora do Campeonato Nacional) e 1 Campeonato de Portugal.

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