248 - FRASCO

Já falamos neste “blog” do autor do primeiro e do dono do segundo golo; contámos a história de quem fez as respectivas assistências. Porém, dentro de campo, quem foi o jogador que desencadeou toda reviravolta na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1986/87? Pois é! Como já adivinharam, esse foi o papel de Frasco.
À imagem de Juary, o outro trunfo do treinador “azul e branco” nessa noite de Viena, Frasco começou o encontro alinhado no banco de suplentes. Sentado esperou 66 minutos, até que a desvantagem presente no marcador fez com que tivesse de saltar para dentro de campo. Sabia-se do médio como um intérprete capaz das melhores e mais audazes jogadas; conhecida era também a sua capacidade para manter o esférico bem perto das chuteiras. Ao FC Porto, até ao momento da sua entrada, faltava posse de bola e, como esperado, o propósito da substituição feita por Artur Jorge depressa emergiu. O antigo atleta do Leixões pegou no jogo, pautou-o e dos mesmos pés que, ainda no Estádio do Mar, cativaram o futebol português e José Maria Pedroto, saiu o lance que terminou com o golo de Madjer, o primeiro frente ao Bayern Munique e o empurrão inicial na conquista europeia dos “Dragões”.
Pode dizer-se que, ao pé do momento acima relatado, o resto da carreira de Frasco é insignificante. Não! O rol de troféus e glórias na caminhada do médio é imenso. Mesmo que essa extensa lista feita de Campeonatos e Taças não contasse para nada, tínhamos ainda as mais de 400 partidas na divisão maior do nosso futebol para testemunhar o valor desse que, do alto do seu 1,68m, foi um grande jogador.

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